
San Telmo não é o lugar mais econômico para se fazer compras, mas sair de lá sem comprar uma lembrança é praticamente impossível. Os brasileiros adoram caminhar por entre as barracas e descobrir que tudo, ou quase, pode estar à venda.
Desde antigos discos de vinil até patuscos gramofones dos anos 1930, passando pelas recém-fabricadas "antiguidades" que farão sucesso na estante da sala. Imãs de geladeira com o rosto de Gardel e pulseiras feitas com talheres tortos são outros artigos bizzaros que a garimpagem pode encontrar.
Muitos músicos de rua disputam a atenção e as

Caminhando para fora da muvuca da feira os preços vão diminuindo e um ambiente decadente vai surgindo. O centro antigo de Buenos Aires está muito mal-tratado mas, como meu gosto é meio duvidoso, até os prédios em ruínas ajudam a compor um cenário de "decadence avec élégance". Já longe da feira, na solidão do domingo, encontrei um sebo aberto e a tentação de entrar foi irresistível.

As livrarias portenhas são uma atração à parte, uma interessantíssima viagem no tempo em que se mergulha na cultura daquela que foi, durante décadas, a capital cultural da América do Sul. Este em que entrei tinha uma atração em particular: horripilantes bustos espalhados por entre os livros. Saí de lá com uma edição do semanário "El Gráfico" de 1954.
Finalmente estava chegando perto do hotel, mas ainda faltava comprar um presente encomendado por um amigo. Na rua Peru passei por uma das poucas portas de comércio abertas e era, nada mais nada menos, que uma mercearia. Dessas em que somente o morador nativo faz suas compras e que não pertencem a nenhum roteiro turístico. Lá sim encontrei preços baixos. As típicas geléias e doces, as frutas locais e, para meu deleite, uma prateleira lotada de vinhos. Comprei a encomenda: uma garrafa de Malbec Trapiche por 7 pesos, algo como 5 reais.
Um comentário:
Adorei o post. contineu assim
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